Meus sapatos, ninguém sai!

Roubaram meus sapatos. Não, não foram os que estavam no meu pé. Foram TODOS, TODOS MESMO. A única coisa que sobrou foi essa sandália aí do lado. Uma havaiana pra eu poder ir pra qualquer lugar.

A coisa foi tão louca que eu só consegui rir. Quem em sã consciência resolve levar uma sapateira com todos os meus sapatos? Queria ter visto essa cena. Ri, ri alto e tranquilizei minha mãe.

De alguma forma, a minha família sempre foi assim e foi bom lembrar disso. Meus tios quando se juntam é uma mistura de desgraça e riso, daqueles de segurar a barriga de tanta dor.


A questão é:  De alguma forma as coisas antigas precisam ir e VÃO. Essa é uma metáfora louca que a vida resolveu me mostrar. Aproveitei pra jogar um tanto de outras coisas fora, que não cabem mais.
Tive uma crise de asma imensa essa semana. E o que eu vi? Excesso de papel, caixas e espirros.

Pras coisas novas virem as antigas precisam ir embora. Pronto, aceitei,

A única coisa que eu queria era meu all star branco.

O resto não se apegue. Vamos em frente. Avancemos.

" Sonhei com você essa noite, mas num instante você vira água. Se desfaz em gotas, desaparece."

Este é sobre abril.

Em abril de 2014 eu tirei férias do trabalho, resolvi colocar uma mochila nas costas e uma barraca na mão. Acampei em Suape e levei Brida comigo, que contradição. Fui porque achava que só lá ia encontrar um caminho de sossego que me levasse a mudanças.

Com muito tempo livre, devorei o livro. Ele falava justamente sobre encontrar o seu caminho, sobre as dúvidas que temos e que tudo na verdade está ao nosso alcance. Não precisamos ir daqui a Índia pra saber o que temos que fazer, não precisamos buscar uma iluminação no Caminho de Santiago, ou se trancar num convento budista. O que precisamos para a mudança está aqui e agora.

Mais do que nunca aceito e acredito nisso.

16.

O tempo me ensinou coisas a que muito sou grata.

A principal delas e o amor e arte de servir, a mais importante é a aceitação e compreensão, a compaixão.

Me deu a quantidade de erros equivalentes ao quanto precisava aprender sobre paciência.

Me deu alguém que tomou, mas deixou o amor incondicional como lição. "Sou feliz por ter ver feliz".


Me deu o presente de viver o presente.

O aqui, o agora.

O estar presente e cuidar dos meus.


Obrigada vida

Sobre um mergulho, uma queda ou um salto.

Sabe aquela sensação horrível de levar um caldo no mar? Foi mais ou menos assim que o mês de fevereiro foi pra mim. É como se uma onda muito forte viesse ao meu encontro e me deixasse transtornada por alguns segundos, aquele pouco tempo que faz um estrago incrível.
Eu fui mais forte, tanta gente boa no meu caminho, acabou refletindo o que eu tinha de bom em mim.

E veio a segunda onda, outro baque, daqueles que tu levanta desnorteada, as narinas ardendo, queimando, refletindo o estado de desespero.

Cá estou eu, levantando da segunda queda.

Que venha 2015.

Sessão retrô

Aquelas coisas boas de fazer e que nunca devem ser esquecidas, segue a lista:

Visitar Suape

Dançar na chuva

Antigar

Procurar lugares diferentes pra fotografar

Ir ao teatro

Ir a praia do nada

Ir ao cinema da fundação

“Por isso é tão importante deixar certas coisas irem embora.
Soltar.  Desprender-se. As pessoas precisam entender que ninguém está jogando com
cartas marcadas, às vezes ganhamos e às vezes perdemos. Não espere que
devolvam algo, não espere que reconheçam seu esforço, que descubram seu
gênio, que entendam seu amor. Encerrando ciclos. Não por causa do orgulho, por
incapacidade ou por soberba, mas porque simplesmente aquilo já não se encaixa
mais na sua vida. Feche a porta, mude o disco, limpe a casa, sacuda a poeira.
Deixe de ser quem era, e se transforme em quem é.”

Um pouco de música

Ontem eu mandei uma mensagem para uma amigo meu que é referência de música boa pra mim, basicamente tudo que ele me passa é foda, mas estava tentando buscar algo novo, que fosse um pouco mais alegre que as músicas independentes que a gente escuta. Sem resultados.


Hoje assistindo uma palestra do TED, vi uma nigeriana falando da cultura dela e do quanto somos preconceituosos com tudo que vem da África, achando que tudo é pobre, que as pessoas são umas coitadas e que nada funciona naquele país, resolvi pesquisar sobre música nigeriana, após ela ter incentivado a pesquisa disso no vídeo  e pra minha surpresa achei essa artista. Meu deus, que voz!

Este é sobre o fim do tédio

Após dois  meses de recuperação do tornozelo e faltando pelo menos um para ficar mais ou menos boa, começo a sentir um tédio imenso. Acabou a vontade de ler, de ver filme, de fotografar, acabou a vontade de viver. Não, brincadeira, não é pra tanto. Mas sim, existe uma mazela inexplicável em mim e eu já não tenho mais vontade nem de fazer o que eu gosto.

Por um impulso, comecei a jogar palavras chaves no google de coisas que eu gosto/tenho saudade. O resultado foi bacana, entre blog e sites, encontrei um coletivo de dança contemporânea MARAVILHOSO. Não consigo explicar a alegria que eu senti em ver a dança pulsando no outro.
Entre os vídeos, encontrei esse que me encanou bastante.

Espero que essa forma de busca continue dando certo pra outras coisas.

Este é sobre a falta de paciência

Não lembro onde perdi a paciência, só sei que alguns dias passaram
e as coisas parecem me irritar profundamente. Odeio sentir isso.

Esse é pra lembrar das diversas formas de expressão.

Dançar

Respirar e somente respirar

Esquecer de questionar as coisas

Cuidar

Escolher o que quiser

Ser criança mais uma vez

Cantar e reunir

Suplantar